A identificação da alternativa gramaticalmente correta no que concerne à concordância verbal e nominal representa um exercício fundamental no estudo da língua portuguesa. Tal habilidade transcende a mera correção textual, constituindo-se como um elemento essencial para a clareza, precisão e eficácia da comunicação. No contexto acadêmico, a observância das normas de concordância reflete o domínio da gramática normativa, crucial para a produção de textos de qualidade e a interpretação precisa de diferentes discursos.
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Concordância Verbal e Nominal
A concordância verbal estabelece a relação entre o verbo e seu sujeito, enquanto a concordância nominal regula a relação entre nomes (substantivos, adjetivos, pronomes, numerais) e seus modificadores. A compreensão dessas relações é alicerçada em princípios gramaticais que governam o número (singular ou plural) e a pessoa (primeira, segunda ou terceira) dos termos envolvidos. O não cumprimento dessas regras resulta em desvios gramaticais que comprometem a coesão e a coerência textual, dificultando a interpretação da mensagem.
Casos Especiais de Concordância
A língua portuguesa apresenta casos específicos de concordância que demandam atenção redobrada. Expressões partitivas ("a maioria de", "grande parte de"), pronomes relativos ("que", "quem", "qual"), nomes coletivos ("povo", "multidão"), e verbos impessoais (como "haver" no sentido de existir) requerem um conhecimento aprofundado das regras gramaticais para evitar erros. Por exemplo, em "A maioria dos alunos estudou para a prova", o verbo "estudou" concorda com o núcleo "maioria", mesmo que o complemento nominal "dos alunos" esteja no plural.
A Importância do Contexto
A escolha da forma correta de concordância muitas vezes depende do contexto frasal e da intenção do autor. Em construções complexas, a análise sintática da oração é crucial para identificar o sujeito e determinar a concordância verbal adequada. Da mesma forma, a posição dos termos na frase pode influenciar a concordância nominal, especialmente em casos de atração ou repulsão de concordância. Portanto, a interpretação precisa do texto é fundamental para a aplicação correta das regras gramaticais.
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Implicações Práticas na Produção Textual
O domínio da concordância verbal e nominal é indispensável para a produção de textos claros, coesos e coerentes. A aplicação correta das regras gramaticais confere credibilidade ao texto e facilita a comunicação entre o autor e o leitor. No ambiente acadêmico, a precisão gramatical é um critério fundamental na avaliação de trabalhos científicos, artigos, teses e dissertações. A negligência em relação à concordância pode acarretar prejuízos na avaliação e comprometer a reputação do autor.
O verbo "haver" é impessoal quando utilizado no sentido de "existir", "ocorrer" ou "fazer (tempo)". Nestes casos, a concordância deve ser sempre no singular, mesmo que o termo que o acompanha esteja no plural. Exemplo: "Havia muitos problemas a serem resolvidos."
Em frases com expressões partitivas, a concordância verbal pode ser feita tanto com o núcleo da expressão (no singular) quanto com o termo especificado (no plural), dependendo da ênfase que se deseja dar. Exemplo: "A maioria dos alunos participou da palestra" ou "A maioria dos alunos participaram da palestra".
O pronome relativo "que" retoma um termo antecedente. A concordância nominal deve ser feita com esse termo antecedente. Exemplo: "Foi a aluna que se destacou na competição" (concordância com "aluna").
Quando o sujeito composto é posposto ao verbo, a concordância pode ser feita tanto no plural quanto com o núcleo mais próximo do verbo, dependendo do efeito de sentido pretendido. Exemplo: "Chegaram o professor e os alunos" ou "Chegou o professor e os alunos".
A expressão "é preciso" é invariável quando o substantivo a que se refere não vem precedido de artigo ou outro determinante. Caso contrário, a concordância é feita normalmente. Exemplo: "É preciso paciência" (invariável); "É precisa a paciência" (variável).
Os pronomes de tratamento, como "Você" ou "Vossa Excelência", apesar de se referirem ao interlocutor, exigem a concordância verbal na terceira pessoa. Exemplo: "Você precisa estudar mais" (terceira pessoa do singular).
Em síntese, a identificação da alternativa gramaticalmente correta no que tange à concordância verbal e nominal constitui um elemento crucial para a proficiência na língua portuguesa. O domínio das regras gramaticais, aliado à análise contextual, permite a produção de textos precisos, claros e eficazes, tanto no âmbito acadêmico quanto em outras esferas da comunicação. Sugere-se aprofundar o estudo dos casos específicos de concordância e a prática constante de exercícios de análise sintática para o aperfeiçoamento contínuo da habilidade de escrita.